segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Cristina Kirchner é reeleita Presidenta da Argentina


Em eleições sem surpresas, Kirchner agradeceu o povo e lembrou o marido, morto em outubro de 2010, no seu discurso: "Ele transformou o país"

Fernando de Dios, de Buenos Aires, especial para o iG, 24/10/2011, 00h25* 


Em uma eleição que não trouxe surpresas nos resultados, as emoções tomaram conta no anúncio dos resultados da reeleição da presidenta Cristina Fernandez Kirchner. Segundo as porcentagens parciais, o binômio do Frente Para Vitoria Fernadez-Boudou, está no primeiro lugar. No seu discurso, cheio de emotividade e apoio popular, Cristina pediu ao povo “que vocês me acompanhem” e lembrou constantemente da figura de seu marido, Nestor Kirchner.
Após a confirmação oficial das primeiras cifras pelo Ministério do Interior, Cristina apareceu em público. Em um discurso emotivo, convocou a unidade nacional, agradeceu aos 40 milhões de argentinos e a todos os partidos políticos que participaram nas eleições. Sem dizer seu nome, quase chora ao lembrar de seu falecido marido o ex-presidente, Nestor Kirchner: “Sem sua coragem e sua valentia, não houvéssemos chegado até aqui”, disse.

Agradeceu aos presidentes da América Latina que a ligaram para dar os parabéns pelo resultado. “Quero também agradecer a alguém que já não pode me ligar mais, mas ele é o grande fundador da vitoria de hoje. Sem ele, sem sua coragem e valentia; sem as coisas que ele fez, teria sido impossível chegar até aqui”, falou Cristina no bunker do Hotel Intercontinental no centro da cidade de Buenos Aires. E adicionou: “Ele é o homem que transformou o país”.Foi um momento especial para a presidenta, a primeira mulher eleita e reeleita da história argentina.


A Praça de Maio foi novamente o cenário da festa e o apoio para a presidenta reeleita, Cristina Fernandez Kirchner. Milhares de jovens de grupos políticos como La Cámpora (dirigida por seu filho Máximo Kirchner), JP Evita e a Juventude Sindical, entre outros, levaram toda a cor peronista.
No búnker do Frente Para Vitoria no salão Montserrat não faltou ninguém. No palco estiveram Florência e Máximo, filhos de Cristina e Néstor. Uma das primeiras a chegar foi sua mãe, Ofélia Wilhelm; depois vieram as Mães e Avós da Praza De Maio, ministros, funcionários, pessoas ligadas à cultura e cerca de 500 jornalistas credenciados.
*Revisão de Neliane Cunha





quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Irregularidades na Conferência do DF



Prezadas companheiras da Comissão Organizadora da 3ª. Conferencia Nacional de Políticas para as Mulheres:



Dirigimo-nos à Comissão Organizadora para registrar as irregularidades que verificamos no processo de construção da 3ª. Conferência Distrital de Políticas para as Mulheres e solicitar o empenho dessa instância para enfrentar o desrespeito flagrante ao disposto no artigo 10, do Regimento Nacional da Conferência.


Em primeiro lugar, a ampla participação dos movimentos feministas e de mulheres, dos diversos o movimentos sociais e do Conselho dos Direitos da Mulher do DF não está sendo viabilizada, pelo contrário.

O CFEMEA, assim como outras organizações do movimento de mulheres engajadas na luta feminista por políticas públicas, apesar de termos nos inscrito para integrar as Comissões Temática, de Mobilização e de Comunicação, em nenhum momento recebemos qualquer convite, convocação para reuniões, nem tampouco tivemos informação sobre a composição dessas comissões, ou memória de reuniões que eventualmente tenham ocorrido. De fato, as informações que dispomos nos levam a crer que não foi realizada qualquer reunião dessas comissões para a organização da Conferência Distrital.

Denúncia nesse sentido foi apresentada publicamente, durante a Conferência Regional da Região Administrativa 1, realizada no dia 15 de outubro último. Diversas militantes do movimento mulheres, entre elas Natália Mori e Ana Cláudia Pereira, ambas integrantes do CFEMEA e participantes do Fórum de Mulheres do DF manifestaram suas críticas ao processo fechado, vertical, limitado de participação social.

Não há qualquer informação ou possibilidade aberta de debate sobre como a coordenação distrital vai se posicionar em relação ã composição da delegação do DF para a 3ª. CNPM. De fato, a não divulgação da composição dessa Coordenação, bem como da composição das comissões de organização da Conferência e sobre a composição do próprio Conselho evidenciam a falta de transparência do processo.

Como integrante do Conselho dos Direitos da Mulher, e participantes das Comissões acima citadas, demandamos, inclusive por ofício, informações a esse respeito e jamais obtivemos qualquer resposta.

Às vésperas da Conferência Distrital de Políticas para as Mulheres, que deverá se realizar no próximo dia 21 a 23 de outubro, solicitamos a especial atenção da Comissão Organizadora Nacional às irregularidades apontadas.

Atenciosamente,
Leila Rebouças
Representante do CFEMEA no Conselho dos Direitos da Mulher do DF

Guacira Cesar de Oliveira
Colegiado de Gestão do CFEMEA

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Programação da 3ª Conferência Distrital de Políticas para as Mulheres


A 3ª Conferência Distrital de Políticas para as Mulheres acontecerá de 21 a 23 de outubro, no Museu da República (próximo à Catedral de Brasília).


PROGRAMAÇÃO

O dia 22 (sábado) inicia com a votação do Regimento da Conferência e em seguida serão realizadas mesas redondas, trabalhos em grupo, rodas de conversas conforme temário elencado para a 3ª Conferência. Para o dia 23 (domingo), há a previsão de uma plenária onde haverá discussão e votação dos resultados dos grupos e, após, a escolha das delegadas que representarão o DF na Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres.



Dia 21 de outubro de 2011 – sexta-feira

17h - Credenciamento
19:30 h – ATO DE ABERTURA e homenagens
22:00 h - Jantar

Dia 22 de outubro – sábado

8:30h : Plenária para votação do Regimento da III CDPM
9:45 h  - Pausa para o café
10:00h Mesa Redonda: “O Desenvolvimento do Distrito Federal e o Protagonismo das Mulheres”
Painelistas:
• Professora Doutora Lourdes Bandeira – UnB
• Olgamir Amância – Secretária de Estado da Mulher – DF
• Arlete Sampaio – Secretária de Estado do Desenvolvimento Social e Transferência de Renda – SEDEST- DF
• Josefina dos Santos – Secretária de Promoção da Igualdade Racial. – SEPIR-DF
• Fórum de Mulheres do Distrito Federal
• Marcha Mundial de Mulheres
• União Brasileira de Mulheres

12:30h – ALMOÇO

14:00H Trabalho em grupos

Total de 10 grupos conforme  os tópicos elencados no Temário da III CDPM.
1- Autonomia econômica e igualdade no mundo do trabalho com inclusão social;

2- Educação inclusiva, não sexista, não racista, não homofóbica, não lesbofóbica;

3- Saúde das mulheres, direitos sexuais e direitos reprodutivos;

4- Enfrentamento de todas as formas de violência contra as mulheres;

5- Participação das mulheres nos espaços de poder e decisão;

6- Desenvolvimento sustentável no meio rural e na cidade, com justiça social e ambiental, e segurança alimentar;

7- Direito à terra e à moradia digna com toda a infraestrutura social , considerando as realidades específicas dos meios rural e urbano e comunidades tradicionais;

8- Cultura, comunicação e mídia  igualitárias  democráticas e não discriminatórias ;

9- Enfrentamento do racismo, sexismo e lesbofobia;

10- Enfrentamento das desigualdades geracionais, com atenção especial às jovens e idosas.
18:00h Encerramento dos trabalhos dos grupo

Dia 23 de outubro- Domingo

8:00h – Café da manhã
9:00h – Plenária para discussão e votação dos resultados dos grupos
12:00h – Almoço
14:00h - Escolha das delegadas para a  III Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres
15:00h - Encerramento dos trabalhos da III CDPM

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Conferência "Educação: Autonomia e Políticas para as Mulheres"



Conferência Temática
de Mulheres

Educação: Autonomia e Políticas para as Mulheres




Companheir@s,


Na próxima sexta-feira, 14 de outubro, 19h, será realizada a conferência temática livre do Sinpro-DF, para discussão e levantamento de propostas em busca da Educação como instrumento de autonomia, políticas para as mulheres e igualdade para todas e todos. A conferência temática “Educação: Autonomia e Políticas para as Mulheres” faz parte do calendário de discussões preparatórias para a 3ª Conferência Distrital de Políticas para as Mulheres do Distrito Federal, a ser realizada no período entre 21 e 23 de outubro, e para a 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, de 12 a 15 de dezembro.

Foi implementada, este ano, a Secretaria de Estado da Mulher no DF. A existência dela não basta. Entendemos que sua criação não basta, por percebermos a necessidade de políticas públicas que venham promover a autonomia, a igualdade e o combate à violência. É preciso orçamento, e faz-se necessária também vontade política, abertura para o diálogo com os movimentos sociais. Por esses motivos, a Diretoria Colegiada do Sinpro-DF promove, na véspera do Dia de Professoras e Professores, a conferência temática. Esse é o momento em que nós, educadoras e educadores, pautaremos a Educação e demais instrumentos de políticas para as mulheres. Inscreva-se e participe!

http://www.sinprodf.org.br/eventos/vw/index.php?m=Inscricao&codEvento=15&pro

O texto a ser trabalhado na Confência do Sinpro é o mesmo que estamos discutindo nas reuniões do setorial e dos movimentos CUT/FORUM/CFEMEA/MMM. Por esse motivo, abrimos as inscrições para além da categoria de professoras e professores.

Inscrevam-se, divulguem e participem!
Um grande abraço!

Neliane Cunha - Contato: 9159-9989
Secretaria de Assuntos e Políticas para Mulheres
Sinpro-DF

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Educação Integral: Instrumento de desenvolvimento e autonomia, por Neliane Cunha


Neliane Cunha*

A Educação Integral, em seus aspectos pedagógicos e sociais, vai além do conceito de escola em tempo integral. Deve-se considerar a amplitude que a Educação Integral traz tanto para o trabalho pedagógico, que visa o desenvolvimento de crianças e jovens, quanto para a sociedade, vindo ao encontro da concepção progressista da educação, numa tendência libertadora que promove o caráter abrangente da escola, vinculando-a à luta e organização de classe, onde também a autonomia das mulheres no mundo do trabalho é imprescindível para todas e todos.

O debate sobre Educação Integral no sistema público de ensino do Brasil tem sua origem em 1932, tendo como referência Anísio Teixeira, considerado como o principal idealizador das grandes mudanças que marcaram a educação brasileira, pioneiro da escola pública em todos os níveis e fundador da Escola Parque. Essa proposta tem como marco legal a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que aponta a Educação Integral como um aumento progressivo da jornada escolar, valorizando as iniciativas educacionais extra-escolares e a vida em sociedade.

Em seus aspectos pedagógicos a Educação Integral prevê melhorias nos quadros de reprovação, com redução do fracasso escolar; propicia a construção coletiva e o constante acompanhamento do Projeto Político Pedagógico; traz novas abordagens para o trabalho de educadoras e educadores, promovendo transformações curriculares, das diversas ações e da avaliação. Esses resultados visam a reorganização do tempo e espaço no ambiente escolar, a formação profissional, a articulação entre os diferentes saberes e a relação entre escola e comunidade, além de estarem intrinsecamente ligados ao caráter social da Educação Integral, reconhecida aqui como um instrumento de valorização da escola pública, gratuita e de qualidade para todas e todos, concretizando o que sintetiza a Constituição Federal, em seu artigo 205: “A Educação, direito de todas e todos, dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.”

Além da valorização da escola pública e do envolvimento de toda a comunidade escolar, enquanto aspecto social, a política de Educação Integral promove a autonomia da mulher trabalhadora. Essa autonomia econômica deve ser entendida com uma característica para além da questão financeira, pois aí também está contemplado o acesso à segurança social e serviços públicos, onde o salário não é considerado a única fonte de empoderamento das mulheres. É preciso rediscutir o modelo de sociedade patriarcal, onde mulheres sempre foram responsabilizadas pelo trabalho reprodutivo e de cuidados, enquanto aos homens foi atribuído o trabalho produtivo e o controle. Para romper essa realidade é indispensável a inclusão, a permanência e a valorização das mulheres no mundo do trabalho.

A Educação Integral, assim entendida, é instrumento para desenvolvimento e proteção de crianças e jovens, autonomia das mulheres e transformação da sociedade que venha compreender, como Anísio Teixeira, que "numa democracia, nenhuma obra supera a de educação”


* Educadora, Pedagoga e Diretora do Sinpro-DF, na Secretaria de Assuntos e Políticas para Mulheres

Mulher Negra

Clipe feito a partir de poemas sobre Mulheres Negras



Deusa do Ébano II
Ilê Aiyê

Pedi um beijo e você me negou
Meu corpo arde de pura paixão
Teu rosto é meigo, negro e suado,
e eu não posso nem pegar na tua mão
Vagabundeio só por esta vida
Nessa avenida você não está
Eu não sou nada se falta você
vou para o Ilê Aiye te procurar
Oh! Minha beleza negra, negra
Oh! Minha deuza do Ébano,
Cultura negra Ilê Aiyê,
escrita no seu corpo nú
Oh! Minha beleza negra, negra
Oh! Minha deuza do Ébano,
Irmandade Ilê Aiyê,
sonho lindo curuzú
E lá no alto eu vejo você
reinando bela num só balançar
Meus olhos brilham de felicidade,
minha majestade eu quero te amar
A minha vida é batida forte
Tambores soam no Ilê Aiyê
Aminha alma é uma festa negra,
um ritual de amor e prazer

sábado, 8 de outubro de 2011

Sem censura: a violência contra as mulheres não tem raça, classe ou idade, por Elisangela Karlinski (Pola)


Elisangela Karlinski*
               No último dia 30 de setembro, Brasília foi palco de mais um ato de violência machista, protagonizado por Rendrik Vieira Rodrigues, 35 anos, professor de direito e, portanto, conhecedor das leis dos crimes e das penas. Nem o vasto conhecimento acadêmico do criminoso, nem e sua confortável condição econômica o impediram de cometer o crime, mas as investigações indicam que todas as ações foram premeditadas de forma a aliviar a pena.  A vítima, Suênia Sousa de Farias, que teve sua vida ceifada aos 24 anos de idade, engrossa uma lista que já acumula pelo menos 37 assassinatos de mulheres no DF em 2011, com a mesma motivação. 
               Menos de uma semana depois, um jovem de 18 anos foi detido, suspeito de manter a própria mãe em cárcere privado num apartamento da 911 norte, também em Brasília. Neste mesmo dia (5/10), um adolescente armado invadiu uma escola em Foz do Iguaçu, no Paraná, e atirou contra a namorada. Alegou que estava com ciúmes porque ela iria dançar com outro rapaz numa apresentação teatral. Ambos tem 14 anos! Felizmente, nesse caso, não houve vítimas; o que não minimiza a gravidade do fato, mas nos instiga a refletir sobre o que faz com que o sentimento de posse em relação às mulheres possa ser tão precocemente introjetado pelos homens.
               Enquanto familiares e amigos destas mulheres tentam se recuperar do choque, diversos veículos da imprensa ostentam sua indignação sobre a manifestação da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres (SPM), pedindo a suspensão da veiculação da propaganda da hope - marca de lingerie feminina - protagonizada por Gisele Bündchen. O apresentador Rafael Bastos, afastado do programa CQC por ter atingido “gente que importa”, recebe diversas declarações públicas de apoio, inclusive de intelectuais que abençoam o casamento do preconceito com o humor e que classificam a manifestação do governo como censura. A Ministra Iriny Lopes também é atacada por ter apoiado a ação do sindicato dos metroviários de São Paulo contra um quadro do programa Zorra Total e por ter enviado um pedido ao autor da novela Fina Estampa, da rede globo, sugerindo outra abordagem para o tema da violência doméstica, reproduzida pelo folhetim.
              Muitos ainda se perguntam o que a propaganda da hope, o CQC, o Zorra Total e a novela Fina Estampa tem a ver os crimes que ocorreram em Brasília ou em Foz do Iguaçu; ou com outros milhares de casos de violência que acontecem cotidianamente no Brasil. Ora, esses programas e seus protagonistas usam todos os recursos, materiais e simbólicos, para construir uma imagem estereotipada da mulher, promíscua ou submissa, reforçando o machismo e a violência sexista.
               Se por um lado, a mídia produz e reproduz a objetificação e a mercantilização dos corpos femininos, a exemplo dos programas citados, por outro, culpabiliza as mulheres vitimadas, responsabilizando-as pela violência sofrida, a exemplo do que vimos na cobertura do caso Elisa Samúdio ou nos comentários a respeito do assassinato de Suênia Sousa. “Coitado do cara, tinha um futuro brilhante... ELA estragou a vida dele.” A mesma lógica é utilizada para culpabilizar as mulheres vítimas de estupro, questionando-se a roupa que vestem ou os lugares que freqüentam.
               Dados comprovam que a violência doméstica não tem restrições de raça, classe ou idade; todas as mulheres estão sujeitas a ela e isso independe de seu comportamento ou postura pessoal. A violência é a expressão exacerbada de uma cultura machista e patriarcal, historicamente incorporada ao nosso cotidiano. Ciente desta realidade e do papel que cumpre na sociedade, um sistema midiático que reforça estereótipos e alimenta o ódio contra as mulheres ao invés de denunciar as agressões e seus agentes, é, no mínimo, cúmplice da violência, e precisa ser responsabilizado.           
               No momento em que Brasília realiza as etapas regionais e Distrital da III Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, este debate não pode ser preterido. O controle social da mídia e a implementação do Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência, aí incluída a efetiva aplicação da Lei Maria da Penha pelo poder judiciário, devem estar no centro deste debate. Que as mulheres de Brasília e do Brasil mirem-se em seu exemplo e sigam firmes em sua luta pela igualdade, pelo fim da opressão e de toda forma de violência.

*Elisangela Karlinski é socióloga, militante da Marcha Mundial das Mulheres e membro da Coordenação do Setorial de Mulheres do PT-DF.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Prêmio Nobel da Paz para defensoras dos direitos das mulheres

Ellen Johnson Sirleaf, Leymah Gbowee e Tawakkul Karman foram distinguidas com o Nobel da Paz 2011 pela sua luta pelos direitos cívicos das mulheres.





A Presidenta da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, a as ativistas dos direitos humanos Leymah Gbowee e Tawakkul Karman foram hoje distinguidas com o Nobel da Paz 2011 "pela luta pacífica em defesa da segurança das mulheres e dos direitos das mulheres na participação total no trabalho de construção da paz".
"Não podemos alcançar a democracia e uma paz duradoura no mundo a não ser que as mulheres tenham as mesmas oportunidades que os homens para influenciar o desenvolvimentos social a todos os níveis", argumenta o Comitê Nobel norueguês.

Dama de ferro

A liberiana Ellen Johnson Sirleaf, 72 anos, foi a primeira mulher a ser eleita democraticamente presidenta de um país africano em 2006.

Desde que assumiu funções, iniciou uma "operação de charme" junto de instituições financeiras internacionais que a conhecem bem: economista formada em Harvard (EUA), com quatro filhos e oito netos, Sirleaf trabalhou para as Nações Unidas e para o Banco Mundial.
Ministra das Finanças dos presidentes William Tubman e William Tolbert, nos anos 1960 e 1980, o seu objetivo é acabar com a dívida e atrair investidores para a reconstrução do país, o que conseguiu em parte.
Um tarefa dificultada devido aos escândalos de corrupção na Libéria e às profundas divisões que resultaram das guerras fratricidas que, de 1989 a 2003, causaram cerca de 250.000 mortos.
O seu combate contra a corrupção na mais antiga República da África subsaariana valeu-lhe a alcunha de "Dama de ferro", tendo sido presa duas vezes nos anos 1980, sob o regime de Samuel Doe.
Para a sua eleição muito terá contribuído a sua compatriota Leymah Gbowee, mobilizando mulheres de diferentes etnias para a participação no ato eleitoral.

A guerreira da paz

Durante a guerra civil, Leymah Roberta Gbowee recorreu à oração e exortou as mulheres a seguirem-lhe o exemplo, fazendo com que muitas e começassem a rezar, vestidas de branco, sem distinção de religião ou etnia.

O movimento expandiu-se durante o conflito, até à convocação de uma greve de sexo, que forçou o regime de Charles Taylor a associá-las às negociações de paz, tendo participado na Comissão Verdade e Reconciliação.
A luta das liberianas pela paz "não é uma história de guerra tradicional. Trata-se de um exército de mulheres vestidas de branco, que se levantaram quando ninguém queria, sem medo, porque as piores coisas imagináveis já lhes tinham acontecido", escreve Leymah Roberta Gbowee na sua autobiografia.
"Trata-se da forma como encontrámos a força moral, a perseverança e a coragem de levantar as nossas vozes contra a guerra e restabelecer o bom senso no nosso país", adianta.
Leymah Gbowee, conhecida na cena internacional como "a guerreira da paz", fundou e dirige várias organizações de mulheres.

Jornalista e revolucionária

Desde 2007, Tawakkul Karman, 32 anos, tem desempenhado, segundo o comitê Nobel, um papel central na luta pelos direitos das mulheres e pela democracia no Iémen.

Esta jornalista que também é membro do principal partido islâmico do Iémen, o Al-Islah, liderou a organização "Mulheres Jornalistas sem Correntes", um grupo um grupo que defende a liberdade de expressão.
Tawakel Karman participa ativamente na organização dos protestos no Iémen contra o governo do Presidente Ali Abdullah Saleh, que se iniciaram no final de janeiro.
Detida várias vezes pelas forças do regime, esta mãe de três filhos encontrou nas revoltas populares do Egito (janeiro) e Tunísia (fevereiro) novas forças para protestar, liderando as manifestações pacíficas semanais na Universidade de Sanaa desde então.
"Com duas guerras civis, a presença da Al-Qaeda e 40 por cento de desempregados, de que é que o presidente Saleh está à espera? Ele tem de abandonar o poder agora", disse em março deste ano ao diário britânico "The Guardian".
Karman tem sido objeto de atenção de países ocidentais pela defesa dos direitos humanos, embora, segundo a revista "Time", o partido a que pertence, o Al-Islah, seja visto com fortes reservas pela comunidade internacional porque o seu mais destacado membro é um antigo conselheiro de Osama bin Laden, Abdul Majeed al-Zindani.


Fonte: http://aeiou.expresso.pt/nobel-da-paz-para-defensoras-dos-direitos-das-mulheres=f678777

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Locais e horários das Conferências Regionais

 


HAVERÁ TRANSPORTE PARA AS CONFERÊNCIAS REGIONAIS.
CONFIRA LOCAIS E HORÁRIOS DE SAÍDA PARA 08/10/2011:
08/10/2011 (Manhã – 08:00)
Local: Ceilândia (Escola Técnica – EQNN 14 Área Especial S/nº Ceilândia Sul)
Regiões Administrativas Participantes (Pontos de Encontro)

Águas Claras (Administração Regional): Rua Manacá Lote 02 Bloco 01 71.936-500 Brasília - DF
Brazlândia (Administração Regional): Área Especial nº 04 Lote 01 72.720-640 Brazlândia
Riacho Fundo I (Administração Regional): Área Central 03 Lote 06 Riacho Fundo 71.810-300 Distrito Federal - DF
Samambaia (Administração Regional): Qs 119, Subcentro Oeste, Antigo Parque de Serviço 72.000-000 Samambaia – DF
Taguatinga (Administração Regional): Ed. Sede - Setor Central -Praça do Relógio 72.010-900 Distrito Federal
Vicente Pires (Administração Regional): Rua 04 A travessa 04 Vicente Pires Distrito Federal

Regiões
Número de ônibus
Percurso:
Saída/Horario
Destino
Águas Claras
1
Águas Claras (07h00min)
Ceilândia
Brazlândia
1
Brazlândia (07h00min)
Ceilândia
Riacho Fundo I
1
Riacho Fundo I (07h00min)
Ceilândia
Samambaia
1
Samambaia (07h30min)
Ceilândia
Taguatinga
2
Taguatinga (07h00min)
Ceilândia
Vicente Pires
1
Vicente Pires (07h30min)
Ceilândia
TOTAL
05



08/10/2011 (Tarde – 14:00)
Local: Gama (Centro de Ensino 01 (CG) Setor Leste. Entrequadras 18/21. Área Especial)
Regiões Administrativas Participantes (Pontos de Encontro)

Recanto das Emas (Administração Regional): Avenida Vargem Benção - Chácara Nº 03 72.605-030 
Riacho Fundo II (Administração Regional): QN 7A Conjunto 06 Lote 1/2 72.601-970 
Santa Maria (Administração Regional): Av. Alagados QC 01 Área Especial lote B 72.500-000 Brasília - DF

Regiões
Número de ônibus
Percurso:
Saída/Horario
Destino
Recanto das Emas
1
Recanto das Emas (13h00min)
Gama
Riacho Fundo II
1
Riacho Fundo II (13h30min)
Gama
Santa Maria
2
Santa Maria (13h00min)
Gama
TOTAL
03



Local da Conferência Regional I em Ceilândia:
8/10, sábado, 8h (Credenciamento começa as 9h)

ETC - Escola Técnica de Ceilândia
Informações: 3901 7545 e 3901 6927
Endereço: EQNN 14 Área Especial S/ Nº- Ceilândia Sul -DF CEP: 72220-140



Local da Conferência Regional II no Gama:
8/10, sábado, 13h (Credenciamento começa as 14h)

Centro de Ensino Médio 01 do Gama (CG)
Endereço: Setor Leste, Entrequadras 18/21, Área Especial


  
Local da Conferência regional III em Brasília:
15/10, sábado, 9h (Credenciamento começa as 8h)

Auditório do CREA-DF
SGAS Qd. 901 Conj. D Asa Sul | Brasília-DF CEP: 70390-010
Fone: (61) 3961-2800 Fax: (61) 3321-1581



Local da Conferência Regional IV em Planaltina-DF:
15/10, sábado, 14h (Credenciamento começa as 13h)

Auditório do bloco antigo localizado na UnB Planaltina
Endereço: Área Universitária n. 1 - Vila Nossa Senhora de Fátima - Planaltina - DF - CEP 73300-000
Telefones: (61) 3488-8002 / 3488.8003 / 3488.8012 / 3488.8013 / 3488.8007